quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Verão, Amar, Hélio Oiticica, Caio F., Filinto Elísio e alguns outros devaneios


Olá! 2009 começa devagar para o blog. Janeiro é assim, inquietação e rua, sempre nas ruas – como me sinto bem. Verão é a estação da cidade outrora maravilhosa. No verão, o Rio de Janeiro é realmente Rio de Janeiro, com todas as suas belezas e neuras, muitas neuras. Ando por aí, estarrecido e revoltado com o que acontece na Faixa de Gaza, ponto. Encontro os amigos e as amigas do antigamente. Tento (mas não querendo) retomar um amor antigo, procuro desesperadamente um amor novo, curto intensamente as aventuras que aparecem, que não são nada demais. E os dias passam. Emociono-me com as pinturas de Petrillo, os penetráveis de Hélio Oiticica estão aí para quem quiser ver (falarei deles em breve) reafirmando-o como o melhor das artes plásticas deste país, a Armazém Cia. de Teatro surpreende com o fantástico “a inveja dos anjos”. A Lapa ferve. Confirmo: a literatura de Caio Fernando Abreu é sensacional. Devoro os textos recolhidos em Caio 3D: o essencial da década de 1980, com especial encantamento pelos contos d’Os dragões não conhecem o paraíso. Caio F. sabia muito da inquietação humana, foi embora prematuramente. Como faz falta. Grato pela generosidade de Lêdo Ivo e o seu fundamental Poesia Completa. Deslumbrado com as metáforas dissonantes do albatroz cabo-verdiano Filinto Elísio em Das frutas serenadas. Para este ano, mestrado tentarei, procurar melhorar algumas coisinhas, um filho talvez. E agradecer a todos que por aqui passam, pelas palavras de incentivo, pelas trocas, pelo carinho, respeito, admiração. Viver é bom.

Ricardo Riso

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